terça-feira, 28 de setembro de 2010

Você ainda se sente incapaz?








Nasci no Reino Unido em 1965 e sempre foram baseados aqui.
 Estudei primeiro na Escola de Belas Artes Heatherley e depois na 
Universidade de Brighton, onde me formei com honras de primeiro
 grau da classe em 1994. 
Tenho visto que apresentaram trabalhos em mostras coletivas e 
exposições individuais, que têm sido bem documentados pela mídia.
questões Meu trabalho noções de normalidade e beleza física, em uma
 sociedade que me considera ser deformado porque eu nasci sem braços.
 No meu trabalho fotográfico, eu uso de luz e sombra para criar imagens 
com  uma reminiscência de qualidade escultórica de estátuas clássicas. 
Uma influência particular foi a Vênus de Milo, que é admirado como uma 
das grandes belezas clássicas, apesar de ter perdido os braços dela própria. 
O meu último ano de instalação mostrar grau, incluíam fotos de mim
 mesmo como uma criança com membros artificiais e concluídos em 
um auto-retrato, posou como a Vénus de Milo. Este - um dos meus
 melhores trabalhos mais conhecidos - foi re-exibida na Galeria de Londres
 fotógrafo em uma exposição do Milênio.
Desde a minha gravidez e do nascimento de Parys meu filho, eu produzi um 
corpo de trabalho, por meio de fotografia e imagem digital, que pretende 
desafiar os preconceitos da sociedade sobre a maternidade e invalidez. 
Estes trabalhos foram expostos na Fabrica, Brighton em 1999 e em 
Nottingham Castle Museum em 2000. Além disso, Angel, que faz 
referência a maneira pela qual as pessoas tendem a olhar  para a 
deficiência, com reverência, foi recentemente  comprado pelo Museu 
de Brighton e vai estar em  exposição permanente na Galeria Corpo.
Meu trabalho e história de vida atraíram considerável atenção da mídia. 
Eu tenho sido destaque na televisão nacional e internacional e muitos 
programas de rádio, e tem sido documentado em muitos jornais e 
artigos de revista.
 O documentário Alison's Baby, sobre a minha  vida desde Parys 
nasceu, foi mostrado  em todo o mundo e ganhou o Prix Italia 
e Prémio Leonardo.
Em 2003 eu ganhei uma  Mulher do Ano em Espanha e recebeu 
o MBE na Grã-Bretanha  para os serviços do art.
Desde estátua de Marc Quinn de mim - Alison Lapper Pregnant -
 foi exibida na Trafalgar Square, Londres,  em setembro de 2005 
a atenção da mídia tem se intensificado.
 Minha autobiografia, Minha vida em minhas mãos, foi publicado
 no mesmo mês e foi traduzido para o alemão, italiano, sueco, japonês e 
coreano.
Eu também ensino no Reino Unido no dia seminários e oficinas, tanto para
 a boca e Associação Pé do pintor (do qual sou membro) e  várias faculdades 
de arte e organismos estudantis.
 Eu continuo a mostrar trabalho em locais  como o Royal Festival Hall, o
 Barbican Centre, na Hayward Gallery, a galeria Eyestorm  e Last Chance 
Centre em Londres, e em outros locais do Reino Unido, como The 
Red Herring Gallery, em Brighton, Colchester Universidade, e Galeria do
MFPA no Selborne.
Eu continuo a aparecer na BBC 1's Child of Our Time da série apresentada 
por Robert Winston e estou neste momento  a preparar o trabalho para 
a minha próxima exposição  no meu novo estúdio em Sussex.

"Somos todos viajantes de uma jornada cósmica - poeira de estrelas, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas suas expressões são efêmeras, momentâneas, transitórias."


Dr. Deepak Chopra


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conclusão Do Trabalho Pesquisado


A partir deste trabalho, fomos capazes de realizar uma análise sobre a questão de "ser mulher" na sociedade Ocidental. Beseados em dados recolhidos, matérias jornalísticas e televisivas, gráficos e entrevistas com mulheres e homens que atuam nas diversas áreas na cidade de São José do Rio Preto, tivemos a oportunidade de perceber que o preconceito em relação a mulher apresentou uma significativa melhora.
Atualmente, o homem não vê a mulher apenas como uma dona-de-casa, mas sim, como uma profissional bem sucedida no âmbito social e familiar. Toda este processo de transformação de pensamentos vem ocorrendo pelo pontapé inicial dado no século XIX com a Revolução Francesa. A partir daí, a mulher vem ganhando seu espaço na sociedade, mostrando-se competente e bem sucedida nas tarefas que realiza.
Contudo, percebemos também que a mulher não tem estado atuando nas políticas públicas. Em São José do Rio Preto, há apenas uma vereadora, Alessandra Trigo, que nos meses de março dirige uma seção para homenagear mulheres de Rio Preto e região. Este dado concretizou nossas ideias, ao nos depararmos com as palavras de Marco Rillo, vereador da cidade, que em seu gabinete na Câmara dos Vereadores nos falou sobre a ausência da mulher na vida política, e o fato de que mulher raramente vota em outra mulher. Uma situação alarmante, perante o atual estado de ascenção que a mulher se encontra nos dias atuais.
Todavia, este trabalho teve como objetivo principal abranger o Movimento Feminista, e todas as consequencias advindas dele.
Foi com grande satisfação que realizamos este traballho de sociologia, proposto pela professora Maria Cristina, para o terceiro bimestre de 2010. A partir deste, tivemos a oportunidade de aprender mais sobre nosso próprio gênero, ouvir a opnião alheia sobre as questões femininas, e saber um pouco mais da história de conquistas e luta da mulher.

Agradecemos,
Camila Gonçalves, Daniella Rocha, Ellen Carolina, Mariana Calijuri, Mirella Gobbi, Nadjanara Ferreira, Nayara Marques, Priscilla Takashiro e Rafaela Maceno. Alunas do terceiro ano C.


Mirella Gobbi e Nayara Marques comentam a correria de um dia de entrevistas para o blog

Assista!

Erica Aquino de França compara a situação da mulher no passado e nos dia...

Erica de França trabalha no Jornal Bom Dia de Rio Preto, e em entrevista concedida para a gente, ela comparou a situação da mulher na época de sua avó e atualmente, e comentou sobre a Lei Maria da Penha. Assista abaixo!



Sandra Chaves fala sobre a situação da mulher na atualidade

Sandra Chaves, esposa do ex-subprefeito de São Mateus e atual candidato à Deputado Estadual Clovis Chaves, discorre sobre a situação da mulher no mundo contemporâneo. "A mulher não é atrás do homem, ela é ao lado do homem e muitas vezes a frente" - diz Sandra. Confira na íntegra.



Marco Rillo sobre o Feminismo

Mirella Gobbi, Marco Rillo, Nayara Marques e Daniella Rocha
O vereador rio-pretense Marco Rillo do PT, concedeu-nos uma entrevista na Câmara dos Vereadores de São José do Rio Preto sobre a situação da mulher na política, sociedade e na presidência. Confira!




Juliano Abocater fala sobre a Lei Maria da Penha

Juliano Abocater é jornalista, já escreveu artigos para o jornal Diário da Região e atualmente trabalha na TV TEM de São José do Rio Preto - SP. Veja abaixo a entrevista que ele nos concedeu sobre o Feminismo.





O que os homens pensam sobre a mulher na atualidade?



"A mulher evoluiu bastante nestes últimos tempos. Acredito que a Lei Maria da Penha é um direito feminino que deve existir porque num relacionamento a mulher não pode ser agredida, é uma covardia. Atualmente, ela tem estado muitas vezes na frente do homem, tanto que uma mulher na presidência quebraria preconceitos" - Lucas Fernandes Colazontes, 28 anos.

"A mulher tem que estar no mercado de trabalho, minha esposa e filha sempre trabalharam, é por isso que apoio as mulheres, só acredito que a Lei Maria da Penha deveria ser mais rigorosa, pois é uma covardia agredir uma mulher. Acho injusto um homem que agride sua esposa se candidatar ao senado. Nossas eleições estão muito atrasadas, você não vê o Tiririca?" - Rubens Doswaldo, 65 anos.


Depoimentos

“Sônia, 16 anos, voltava do colégio onde fez a matrícula para ingressar no segundo grau. Esperava para atravessar a rua. Um carro parou subitamente. O motorista abriu a porta e a puxou para dentro. Ameaçando-a com uma arma e dirigindo em alta velocidade, ele seguiu para uma mata afastada da cidade. Sexo oral, vaginal, uma, duas vezes. Calada, ela pensava em sua mãe e chorava. _Se você contar a alguém o que se passou, você e sua família morrem. Sônia foi para casa. Lavou-se à exaustão. Sentia-se suja. Tinha nojo de sí . Vomitou muito. Chorou em silêncio e ficou em casa vários dias. Conversou com uma amiga. Não queria incomodar sua mãe, recém-separada do marido, alcoolista, que lhe batia. A filha não queria lhe dar mais uma tristeza. Duas semanas após ela teve um pequeno sangramento e achou que era a menstruação. Quis esquecer tudo. Três meses depois, uma vizinha disse para sua mãe: _Tu não estás vendo que tua filha está grávida? A mãe foi procurá-la e perguntou: _Quem foi? Porque você me enganou? Por que você não me disse nada? Foi difícil convencer a mãe do que acontecera. Em companhia de uma prima, Sônia procurou um grupo de mulheres de sua comunidade e pediu orientação. Pouco se podia fazer, não havia serviços de atenção a vítimas de violência naquela cidade. _ Se eu tenho esse filho, lá no bairro vão dizer que eu sou uma prostituta. Se eu digo que foi estupro ninguém acredita. Nem minha mãe acreditou em mim! Sem acesso a um serviço de saúde que a atendesse dignamente, ela procurou o aborto clandestino e foi atendida num consultório sem as mínimas condições de segurança, expondo-se aos riscos da mortalidade materna porque a rede pública de saúde ainda não oferecia os serviços que poderiam garantir a Sônia o exercício de seus direitos."

"Fui violentada sexualmente pelo meu tio que considerava como um pai isso aconteceu quando tinha oito anos, só fui revelar a minha mãe aos quatorze anos e a reação foi a pior possível ela contou exatamente a esposa dele que pediu a minha mãe que não contasse a ninguém, pois com calma resolveríamos isso, fui dormir pensando que no dia seguinte estaria livre desse pesadelo que me seguia desde então, foi numa quinta feira só sair de casa no domingo de tarde, estavam meus tios e outros parentes no lado de fora de casa lá na rua como sempre e eu fui cumprimenta-los e ninguém me respondeu e repeti só que nada e entrei novamente em casa chorando como se soubesse o que havia acontecido, e minha mãe me chamou ao quarto dela e me contou que a irmã dela a esposa o meu agressor, chamou cada parente que ali perto morava e contou a versão dela querem saber qual foi? Ela disse que eu seduzi o marido dela, agora eu me pergunto como é capaz uma criança de oito anos seduzir um homem com mais de trinta, é a vida nos traz surpresas, só que nem sempre elas são as que queremos, no entanto hoje já faz quatro anos que isso tudo aconteceu ele continua morando ao lado da minha casa, vocês não podem imaginar como me sinto, tão suja que sinto nojo de mim mesma, pior é ver que ele não é o único que comete esses atos e saem impunes mais o que me conforta é saber que se a justiça do homem não for feita a de Deus será." (Adélia)

"Senti muita emoção. Porque antes da lei me sentia órfã da justiça. A minha colaboração se deu pela persistência. A Violência está relacionada à força física e à cultura, que faz com o que homem sinta-se superior à mulher. Essa vitória é de todos os movimentos sociais. Iniciei uma luta solitária, em 1983, que fui vítima de agressão, nessa época não tinha delegacia especializada da mulher, que só foi ser criada em 1985. Hoje, me sinto vitoriosa por ser mulher e por ter colaborado com essas mudanças que estão acontecendo. Hoje o comportamento de homens e mulheres precisam de outros valores. Viver sem violência é mais do que viver sem nenhum tipo de agressão. É viver com respeito e consideração. É não acreditar na superioridade masculina." (Depoimento de Maria da Penha Maia Fernandes, que dá nome à Lei Federal 11.340/2006 na II Conferência de Políticas para as Mulheres do Tocantins)

"Tudo começou no 2007 quando peguei 3 declarações de amor na pasta do meu marido e perguntei quem mandou e ele falou que foi de uma aluna. Comecei a investigar o celular dele e sempre tinha um número. Em dezembro disse que queria separar de mim e comecei a lutar pra isso não acontecer. Em janeiro de 2008 descobrir tudo quem era, onde trabalhava aí começou o meu pesadelo. Falava que eu estava louca, me enchia de Lexotan, entrei em depressão, perdi 40 kg, até hoje tenho "nojo" de comida (fazer e comer).Meus filhos ficaram do meu lado. Um dia levei a minha filha que na época tinha 14 anos pra provar que eu não estava louca e mostrei ele apanhando a outra no trabalho. Nesse dia em casa começava as agressões físicas e psicológica (xingamento). Conversei com a minha sogra (que sabia de tudo que o filho estava fazendo) mas não recebi apoio. Em abril coloquei ele pra fora de casa (porque me agrediu e eu o ameacei com uma faca, pedindo pra ele falar a verdade). Em junho fui agredida na rua e dei queixa na delegacia e fiz exame de corpo delito. Contei tudo lá e tinha uma testemunha que viu tudo. Na semana seguinte chamou minha irmã e meu cunhado e fez uma chantagem se eu não tirasse a queixa ele não faria a festa de 15 anos de minha filha. Fui na delegacia e não retirei a queixa e acrescentei mais coisas afirmando o fato. Minha filha foi ameaçada de sequestro por ela, pois, quando ligou aqui pra casa era número restrito e ele não acreditou em mim. Houve a separação judicial e eu fiquei com a guarda dos filhos e o apartamento. Houve a festa e ele gravou tudo no mp3 pra vê seu eu agredia ele. Na delegacia quando ele foi fazer o depoimento dele inventou mentiras. Hoje estou esperando o resultado dessa audiência. Hoje ele comprou apart., mente pro filhos e eles nem querem saber do pai (apesar de morarmos no mesmo andar do prédio). A vida mudou muito... não sou mais aquela pessoa alegre, eu quero justiça por tudo que eu passei e o que eu passo. Pois essa será a minha vitória (que a lei Maria da Penha seja aplicada nele) por ter passado de maluca, ser humilhada por todos e muitas pessoas viram as costas pra mim” (Alice Nazaré Oliveira)

"Suelene foi abusada sexualmente pelo pai durante um ano. Ameaçada com uma faca, ela era obrigada a manter relações sexuais. Sentia-se muito mal, mas com medo ela nada contava para sua mãe. Com a gravidez a mãe descobre o que está acontecendo e juntas vão ao Conselho de Proteção aos Direitos da Criança e Adolescente e à delegacia e ao IML onde foi feito o exame de corpo de delito. O agressor foi preso imediatamente. É encaminhada para tratamento no hospital de referência, sendo atendida por uma equipe com assistente social, psicóloga e médicos. 
A mãe e uma tia lhe dão apoio durante a denúncia e todo acompanhamento de saúde. Em todos os serviços ela afirma ter recebido um ótimo atendimento, compreensão, apoio e força para superar o que estava acontecendo. Ela decide abortar, porque mesmo considerando o aborto uma agressão para a mulher, não suporta a ideia de ter um filho do próprio pai. Suelene conhecia a lei que permite a interrupção da gravidez por estupro porque assistiu a uma entrevista na televisão onde o assunto foi tratado. Mas, pra ela não foi uma decisão fácil. "Se a gravidez fosse de um namorado eu enfrentaria com unhas e dentes, mesmo sem ajuda do pai eu não abortaria". Após o aborto e o fim do tratamento clínico Suelene sente muito bem. Para ela é importante ter feito tudo dentro da legalidade, "tudo na justiça" e "ele estar preso". Fazer o aborto num serviço público lhe dá a certeza de que não ficaria com problema nem correria risco de vida. Ela diz conhecer casos de aborto, feitos "no silêncio" onde as meninas ficam doentes e até morrem. Ao sair do hospital Suelene tem medo das críticas, mas acredita que o mais importante é o que ela pensa e não a opinião dos outros. Durante o depoimento ela afirma sentir muito ódio pelo pai. Mas o apoio familiar e das instituições públicas parece ter sido - ou estar sendo - fundamental para a superar os problemas associados ao abuso sexual."



A Queima Dos Sutiãs

O episódio conhecido como Bra-Burningou A Queima Dos Sutiãs, foi um evento de protesto com cerca de 400 ativistas do WLM (Women’s Liberation Movement) contra a realização do concurso de Miss America em 7 de setembro de 1968, em Atlantic City, no Atlantic City Convention Hall, logo após a Convenção Nacional dos Democratas. Na verdade, a ‘queima’, propriamente dita, nunca aconteceu. Mas a atitude foi incendiária. A escolha da americana mais bonitinha era tida como uma visão arbitrária da beleza e opressiva às mulheres, por causa de sua exploração comercial. Elas colocaram no chão do espaço, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros “intrumentos de tortura” (v. Duffet, Judith. WLM vs. Miss America. Voice of the Women’s Liberation Moviment. October 1968, pg 4.). Aí alguém sugeriu que tocassem fogo, mas não aconteceu porque não houve permissão do lugar (que não era público) para isso. Também ninguém tirou seu sutiã. Essas lendas urbanas surgiram porque, ao dar ampla cobertura para o evento, a mídia o associou a outros movimentos, – como o da liberação sexual; dos jovens que queimaram seus cartões de segurança social em oposição à Guerra do Vietnã - e passou a chamá-lo de “bra-burning”, (queima de sutiãs), encorajados por ativistas como Robim Morgan (ex-estrela-mirim da rádio e TV, ativista, escritora, poeta e editora do “Sisterhood is Powerful e Ms. Magazine). Na sequencia, a manchete do New York Post saiu com o título “BraBurners and Miss America” (Queimadoras de Sutiãs e Miss América), que logo ficou associado às mulheres sem sutiãs. Desde então, a cultura popular ligou para sempre feministas e “queima de sutiãs” ( v. Germaine Greer, jornalista e escritora australiana, que declarou nos anos 60  “que o sutiã é uma invenção ridícula”, declaração que repercutiu  em muitas mulheres que questionavam o papel do sutiã como objeto anti-sexista da liberação feminina). Depois disso, aconteceram queimas de sutiãs em vários cantos do mundo. Mas o evento que gerou as manifestações e que ficou conhecido como Bras-Burning, foi o citado acima.



A Primeira Comandante da Companhia Aéreas Gol

Na noite de anteontem (13 de dezembro de 2007), enquanto sobrevoava Marabá (PA) a 12.300 metros de altura, Elisa Rossi foi surpreendida pela tripulação do vôo que tinha Macapá (AP) como destino. Comissários entraram na cabine do Boeing 737 com um bolo para parabenizá-la. Aos 34 anos, a após 3 anos como co-piloto, ela acaba de se tornar a primeira comandante mulher da Gol Linhas Aéreas. “Esse é um dos momentos mais importantes na vida de um piloto, depois do primeiro vôo solo. Todo piloto sonha em pilotar um Boeing, é como dirigir uma Ferrari.”
Elisa faz parte de uma categoria que não chega a uma dezena no Brasil: a de pilotos comerciais mulheres. Antes, a gaúcha Carla Roemmler se tornou no ano passado a primeira comandante de um 737 no País, pela Vasp. Na Gol, são 14 mulheres co-pilotos.
Também gaúcha, de Novo Hamburgo, Elisa cresceu em Chapecó (SC). A vontade de virar piloto surgiu aos 9 anos, durante excursão do colégio ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. “Aos 15 anos, voei pela primeira vez com um amigo. Perguntei se mulher podia ser piloto e ele disse que sim.”
De uma família de classe média baixa, Elisa virou secretária de um aeroclube em Santa Cruz do Sul (RS) para poder voar. Dava aulas teóricas em troca de aulas práticas. “Gastei todo meu dinheiro em horas de vôo. Foi muito difícil. Na época em que comecei não havia mulher voando. Mas faria tudo de novo.”



Bandeiras Do Movimento Feminista

Conferência Nacional das Mulheres
A luta do movimento de mulheres pela realização de abortos seguros na América Latina é histórica. Várias campanhas regionais se dedicam a articular a luta das mulheres latinas pela legalização do aborto. O CLAM acredita que esta conquista, central para o movimento feminista, depende sobretudo do enfrentamento das forças conservadoras, amplamente refratárias aos direitos sexuais e reprodutivos. Por isso, o CLAM vem monitorando os debates sobre legalização do aborto no Brasil e na América Latina, onde estima-se que sejam realizados cerca de quatro milhões de abortos inseguros por ano.
Outra demanda do movimento feminista na região é pelo acesso integral aos métodos contraceptivos. Neste continente pobre, os meios de regular a contracepção são muitas vezes privilégio das mulheres ricas. Na região, os setores conservadores se opõem à pílula anticoncepcional, à contracepção de emergência e ao uso de preservativos, e esta oposição acaba se refletindo nas políticas de planejamento familiar em diversos países latino-americanos.


Fonte: http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4333&tpl=printerview&sid=116 


Mulheres: Da repressão a conquista do mercado de trabalho

Criado em homenagem a 129 operárias de Nova Iorque que morreram ao lutar por melhores condições de trabalho, o Dia Internacional da Mulher é, acima de tudo, símbolo de força e luta feminina. As tecelãs americanas reivindicavam, em 1857, a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e direito à licença-maternidade. Hoje, as mulheres lutam por melhores empregos, remuneração igualitária e tentam conciliar o trabalho, educação dos filhos e administração do lar.

Nas últimas décadas é visível a crescente demanda de mulheres no mercado de trabalho, principalmente no setor informal de produção. Os primeiros estudos realizados pelo IBGE/PNDA em 1989, mostraram que 52% das mulheres recebiam até 1 salário mínimo, contra 25% da população masculina economicamente ativa. Apesar disso, elas têm contribuído cada vez mais na formação do orçamento familiar, quando não assumem a própria economia da família, o que acontece em cerca de 20% dos lares. Fernanda Vanhoni, gerente de engenharia da Pro Activa Meio Ambiente Brasil, está no mercado de trabalho há três anos e meio e busca satisfação pessoal e reconhecimento. Solteira e sem filhos, a engenheira sanitarista e ambiental pretende casar, mas para isso explica que é preciso aprender a conviver e dividir o espaço com o companheiro, tarefa difícil para quem mora há tanto tempo sozinha.

É cada vez mais perceptível a evolução da presença feminina no mercado de trabalho. Nos anos 50 as mulheres representavam 25% dos trabalhadores e em meados da década de 90 esse número já era de 42,5%. Ao passo que elas ganham os postos de trabalho, permanecem com as responsabilidades domésticas, filhos e marido, caracterizando uma dupla jornada de trabalho que requer esforço e muita dedicação. Fernanda acredita que o papel da mulher é extremamente sacrificante, pois precisamos desempenhar diversas atividades ao mesmo tempo, além das cobranças constantes e pouco reconhecimento. “Não podemos esquecer do papel de ser simplesmente mulher, estar sempre bonita e arrumada”, completa.

Sônia Jendiroba, consultora gastronômica e chef de cozinha há 33 anos comanda um dos principais restaurantes de Florianópolis. Segundo ela, o papel das mulheres nos dias atuais é árduo, desgastante fisicamente, porém gratificante e realizador. Sônia acompanhou toda a evolução do processo de inclusão da mulher no mercado de trabalho. “A mulher é empreendedora porque traça objetivos, é desprovida de preguiça, não se dá por vencida com os problemas que por ventura se sobrepõem ao dia-a-dia e acredita no que faz”, ressalta.

Corajosas, as mulheres alçam vôos cada vez mais ousados e vêem no empreendedorismo a chance de conquistarem o merecido lugar de destaque. Um estudo realizado pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor) revelou que o número de empreendedoras saltou de 29% em 2000 para 46% em 2003, o que corresponde a mais de seis milhões de mulheres ocupando posições de comando. A sensibilidade feminina aliada à intuição, potencial de liderança e versatilidade são características que fazem das mulheres excelentes executivas. "Durante o meu dia dou conta de ir à academia, gerir minha empresa e minha casa, cuidar do bem estar e dos detalhes da vida de meus dois filhos, dar atenção ao meu marido e aos meus clientes", explica Sabrina Alves Rodrigues, proprietária da Projecta Eventos, de Florianópolis, que organiza, comercializa e concebe eventos de porte regional, estadual, nacional e internacional. É ela, por exemplo, responsável pela recepção dos navios turísticos que chegam ao píer turístico de Itajaí e que teve a idéia de realizar dois eventos em Santa Catarina voltados ao segmento educacional e de festas infantis.

Ser mulher empreendedora, mãe, esposa e dona de casa é um desafio enfrentado por milhares de mulheres diariamente. Se hoje a situação ainda é complicada, antigamente era mais difícil. Quando questionado a respeito das mulheres, Aristóteles dizia que: “A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto, um homem inferior”.

Porém, há lugares no mundo em que a discriminação feminina ainda existe de forma marcante, chegando a fazer parte da cultura e tradição de alguns povos. O Alcorão, livro religioso muçulmano, prega que: "Os homens são superiores às mulheres porque Deus lhes outorgou a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las, deixá-las sós em seus leitos e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher". A visão de grande parte das mulheres não é de submissão, mas sim de luta pela igualdade de direitos com os homens.

No Dia Internacional da Mulher há muito que ser comemorado. As mulheres aumentaram sua auto-estima e estão traçando objetivos de vida que vão além de formar uma família. Hoje elas querem ser mães, empreendedoras, donas de casa, esposas. “As mulheres estão entrando no mercado de trabalho por competência. Eu acreditei em mim mesma e no próximo, sabendo que não se vence a qualquer custo, mas sim com muito custo”, declara Sônia Jendiroba.

Muitas transformações ocorreram nos últimos anos em benefício feminino, grande parte delas com muita luta e reivindicação. A perspectiva é de que, cada vez mais, as mulheres sejam reconhecidas pelo trabalho e dedicação.


21 Mulheres que tem seu lugar reservado na História

Cleópatra VII, rainha: Cleópatra Filopator Nea Thea (69-30 a.C.) herdou de seu pai o trono de Egito. Seus romances com Julio César e Marco Antonio converteram-na numa das soberanas com mais poder da antiguidade.

Joana d'Arc, heroína: A combatente francesa (1412-1431) assumiu o comando do exército real em várias 
batalhas durante o reinado de Carlos VII. O papa Bento XV nomeou-a santa em 1920. Morreu na fogueira por heresia.

Ana Bolena, rainha consorte: A segunda esposa (1501-1536) do monarca inglês Enrique VIII morreu decapitada na Torre de Londres após que seu marido a acusasse de adultério. Seu próprio pai, sir Thomas Boleyn, condenou-a.

Carlota Joaquina, rainha: Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon (1775—1830) foi infanta de Espanha, princesa do Brasil e rainha de Portugal por seu casamento com D. João VI. Ficou conhecida como A Megera de Queluz, pela sua personalidade forte e porque escolheu viver no Palácio de Queluz, nos arredores de Lisboa.

Maria Quitéria, militar: Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) foi uma militar brasileira, heroína da Guerra da Independência. Considerada a Joana D'Arc brasileira, é a patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Vestiu-se de homem para alistar-se no exército. Morreu aos 61 anos no anonimato nos arredores de Salvador.

Anita Garibaldi, revolucionária: Ana Maria de Jesus Ribeiro (1821-1849), foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da sua época.

Maria Curie, cientista: Maria Sklodowska (1867-1934) tomou o sobrenome de seu marido, Pierre Curie. Por sua nação de origem, Polônia, deu nome a um elemento químico. Pioneira no estudo da radioatividade, obteve dois prêmios Nobel.

Mata Hari, espiã: Margaretha Geertruida Zelle (1876-1917) serviu-se de sua capacidade de sedução para trabalhar como espiã dos franceses para o Governo alemão. Um tribunal francês ordenou que fosse fuzilada por alta traição.

Virginia Woolf, escritora: Pela moradia londrina de Bloomsbury desta novelista (1882-1941) passaram autores como J. M. Keynes e E. M. Foster. Suicidou-se se afogando por medo de uma incipiente loucura.

Cora Coralina, poetisa: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889—1985) era uma mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Carmen Miranda, cantora e atriz: Maria do Carmo Miranda da Cunha(1909-1955) foi uma cantora e atriz luso-brasileira e precursora do tropicalismo. Carmem foi a maior celebridade em sua época, algo como Britney hoje. Encontraram na morta no quarto de sua casa em Beverly Hills após colapso cardíaco fulminante por causa da sua dependência de barbitúricos.

Teresa de Calcutá, missionária: Gonxha Agnes (1910-1997) fundou a congregação Missionárias da Caridade para ajudar aos pobres. Dois anos após sua morte, João Paulo II abriu a causa de sua canonização. Recebeu o Nobel da Paz em 1979.

Edith Piaf, cantora: Criada por sua avó, que dirigia uma casa de prostitutas, Edith (1915-1963) revelou seu talento e sua grande voz nas canções populares que cantava nas ruas junto com seu pai, Louis A. Gassion.

Indira Gandhi, política: Filha de Jawaharlal Nehru, o primeiro premiê da Índia, foi Primeira Ministra de seu país em duas ocasiões até seu assassinato em outubro de 1934. Estrategista e pensadora política brilhante.

Irmã Dulce, religiosa: Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914—1992), melhor conhecida como o Anjo bom da Bahia, foi uma religiosa católica brasileira que notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e aos necessitados.

Evita Peron, política: Marcada por uma infância no campo e filha não reconhecida, Eva (1919-1952) trabalhou como atriz, modelo e locutora e se casou com o presidente argentino Peron. Lutou pelos direitos dos trabalhadores e da mulher.

Marilyn Monroe, atriz: Norma Jean Mortenson (1926-1962) protagonizou clássicos como "Os Homens Preferem as Loiras" (1953) ou "O Pecado Mora ao Lado", mas sobretudo é o maior mito erótico do século XX. Diz-se que teve um romance com os irmãos Robert e John F. Kennedy.

Grace Kelly, atriz: Esta estadunidense (1929-1982) abandonou sua carreira como estrela de cinema para se casar, em 1956, com o príncipe Rainier de Mônaco. Morreu em acidente de trânsito quando viajava com sua filha Estefani.

Leila Diniz, atriz: Leila Roque Diniz (1945—1972), conhecida como a "Mulher de Ipanema", defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina , que rompeu conceitos e tabus por meio de suas idéias e atitudes. Morreu num acidente aéreo aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem feita para a Austrália. Sua amiga, a atriz Marieta Severo e o compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda criaram a filha de Leila.

Benazir Bhutto, política: Líder do Partido Popular de Paquistão (1953-2007), foi a primeira mulher que ocupou o cargo de premiê de um país muçulmano. Dirigiu o Paquistão em duas ocasiões. Foi assassinada em plena campanha política.

Diana de Gales, princesa: Conhecida como a princesa do povo (1961-1997) por sua atitude solidária com os mais desfavorecidos, esteve casada com o príncipe Charles, com quem teve os príncipes William e Harry. Morreu ao lado do namorado em um controvertido acidente de trânsito quando fugia da perseguição de paparazzis.

Você, filha, amiga, namorada, amante, esposa, mãe, heroína: Suas palavras acarinham, seus carinhos embevecem, seu sorriso ilumina o dia escuro, seu amor é o sol que aquece... seu colo é o sonho de um menino que de proteção carece.