A primeira grande fase do movimento feminista se refere à intensa atividade das mulheres ocorrida durante o século XIX e fim do século XX, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Esse movimento tinha como foco basicamente a promoção dos direitos jurídicos, como a questão de direitos contratuais e de propriedade, oposição aos casamentos arranjados e à propriedade de mulheres e filhos pelos seus maridos. Todavia, no final do século XIX, o objetivo do movimento focou, principalmente, a conquista do poder político, especialmente o direito ao voto.
Nesse período que surgiram nos Estados Unidos expressões como “Liberação das mulheres”. Protestos feministas, como a famosa queima de sutiãs, ficaram associados a essa fase do feminismo. Contudo, uma das críticas mais contundentes a essa fase do movimento argumenta que as feministas teriam passado por cima da questão da divisão de classes e com isso não conseguiram atingir os reais pontos que dividiam as mulheres.
Por fim, o terceiro grande movimento feminista começou na década de 1990, em resposta às supostas falhas do movimento anterior. Esse momento do movimento objetivava evitar definições essencialistas da mulher, tipicamente da segunda fase, que se baseava essencialmente nas experiências das mulheres brancas de classe média-alta norte-americanas e britânicas.
Esta terceira fase do movimento desafiou os paradigmas do momento anterior do feminismo, colocando em discussão a micropolítica e a discussão sobre o que é melhor para as mulheres. Dentre as questões mais importantes defendidas pelas mulheres dessa fase estão as discussões relativas à questão cultural, social e política da cor, principalmente a participação da mulher negra na sociedade, assim como o debate do feminismo da diferença, cuja discussão se centrou nas diferenças entre os sexos, enquanto que outras vertentes consideram não haver diferenças entre homens e mulheres, cujos papeis estariam socialmente condicionados.